Wednesday, May 9, 2007

O descobrir o sentido das coisas, surge do nada

Olhei para aquela serra, do outro lado estarias tu e derrepente o sentimento surgiu. A tua vinda e a tua ausência representavam o que de mais medo tenho, a solidão, a tristeza e o sofrimento. O estar só por indecisão que logo se torna uma convicção imposta por nós mesmos, porque a tristeza e o sofrimento convivem há tempo demais dentro de nós e não nos conseguimos libertar deles. Porque só esse viver nos faz sentido, porque tudo o resto nos assusta e nos impede de mudar. E então do nada, decidimos mudar tudo, porque já nada nos satisfaz e corremos até cair, para que tudo mude, rápido e que a dor se apague e que não volte. Mas como as grandes mudanças têm que ser sentidas e a mudança real só ocorre quando o coração está presente, o mudar da razão nada resolve e por isso a solidão e o sofrimento continuam. Por isso estives-te, para que visse que não chega mudar por fora, que a real vontade do ser é que nos faz viver e que o meu reflexo em ti, me diz que não quero mais estar só, que quero abrir de vez o coração ao mundo, para sentir aquilo que sou, para que não pare e não desapareça de vez.

Maria

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